Resenha do Filme: A Menina que Roubava Livros



Olá Malfeitores!

A menina que roubava livros, filme baseado no livro de mesmo nome é uma adaptação linda e atual.
A história é ambientada na Alemanha, durante a segunda guerra mundial, onde os nazistas tomaram conta da Europa, atacando minorias como negros e judeus.
Liesel Meminger, é uma jovem alemã, filha de uma mulher comunista, por ter a mãe presa a garota e seu irmãozinho são adotados por uma familia alemã, que receberia do governo uma pensão por cuidar das crianças.A viagem de trem pelo qual Liesel e sua família partem é cansativa e perigosa, seu pequeno irmão não resiste e vem a falecer, sendo enterrado em um simples cemitério no meio da trajetória de viagem.Durante o enterro a garota vê jogado no chão coberto de neve um pequeno livro, seduzida por aquele objeto ela o pega, e o esconde dentro de seu vestido.Terminado o enterro pega o trem junto da mãe, e segue para sua nova vida.


O encontro com a família nova não é nada amistoso, Rosa é uma mãe fria e nada carinhosa, enquanto Hans é um pai mais carinhoso e compreensivo. A casa da família é uma casa modesta, a família passa por dificuldades financeiras, visto que Hans, sendo pintor, não tem muito ganho, e Rosa, lavadeira e passadeira, começa a perder seus clientes, enquanto a crise financeira toma conta do país.

O dia a dia da família é marcado pela frieza de Rosa, pela música aconchegante do acordeon de Hans, e pelo bullying que Liesel sofre na escola, por não saber ler e escrever. Toda a ridicularização que a garota sofre se transforma em uma imensa vontade de aprender, e junto do pai, que também não tem de todo conhecimento, mas usando a criatividade ajuda a menina a ler o primeiro livro roubado “ O manual do coveiro “, e transforma o porão de sua casa em uma sala de leitura, e as frias paredes em um enorme dicionário. O que tornava seus dias de escola mais leves era a amizade com Rudy Steiner, colega de classe, companheiro de brincadeiras, garoto timido e sonhador, que tinha grande admiração por um maratonista africano, queria ser como o tal corredor, e também sonhava com um beijo de Liesel, o que nunca chegou a acontecer.


Em meio a tantos problemas financeiros Liesel ajuda a mãe a levar a roupa limpa para os clientes,e  indo a casa do prefeito descobre um lugar maravilhosamente mágico, a biblioteca, levada pela esposa do prefeito a garota se encanta pelo lugar, e tendo o consentimento da mulher passa a frequentar a casa, lendo o quanto pudia. Entre leituras, brincadeiras, miséria, descaso da nova mãe e a pressão que a Alemanha estava passando durante um período tão crítico a situação família se torna mais conturbada, com a chegada inesperada de um hóspede ilegal, filho de um amigo de Hans, morto na guerra o jovem Max, judeu, chega a casa pedindo por ajuda, pedindo por uma chance de viver.  

Grato por um dia ter sido salvo pelo pai de Max, Hans o acolhe em sua casa, e apertando mais o orçamento, diminuindo as refeições, o medo de serem pegos pelas autoridades, as ameaças de bombardeamento, tudo deixa o clima mais tenso, e é nesse clima que nasce uma amizade pura e forte entre Liesel e Max, que não se deixa abalar pelo medo.

Durante o filme vemos o dia a dia de uma Alemanha amedrontada,da juventude hitlerista, grupo de jovens que idolatravam seu fuher, e vemos o quão cruel pode ser um homem enquanto outro pode ser tão generoso e amoroso, Liesel encontro-se com a morte por algumas vezes, e esta viu algo de muito especial na menina, permitindo-a viver por longa data, e fazendo prevalecer a amizade entre a garota e o judeu. Bom filme!

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