Resenha: Especiais - Scott Westerfeld

12/01/2015 -

  Olá pessoal. Dia 08/01 terminei de ler "Especiais". Acho que fiquei cinco dias lendo, porque tinha medo de terminar logo, já que esse é o ultimo livro que conta a história pela visão de Tally.

  Especiais é a continuação de "Perfeitos" que, por sua vez, é continuação do livro que deu o nome ao best seller: "Feios".

Clique aqui e leia a resenha de "Feios".

Clique aqui e leia a resenha de "Perfeitos".

Livro: Especiais

Autor: Scott Westerfeld

Editora: Galera Record

Páginas: 351

 Scott Westerfeld agora é o meu autor favorito... sabe porquê? 

Porque ele narra de uma forma tão simples ao descrever e, ao mesmo tempo, tão madura. Sei que para muitos "narração simples" é sinônimo de livro infantil ou qualquer outra coisa do tipo, mas, não sei se é porque eu estava tão vidrado na história que não percebi algo do tipo, ou porque ele é simplesmente genial!

 Em "Especiais", o autor nos coloca na pele de um especial, para que nós saibamos como é o pensamento de um desses seres mais que geneticamente alterados... desses seres iguais aos outros, mas, ao mesmo tempo, únicos... especiais.

 Tally, mesmo mudada, diferente, única, continua agindo pela influência de terceiros. Eu não entendo como alguém pode ser tão sem personalidade que, nem tendo praticamente recebido uma personalidade incrível e medonha através de uma cirurgia continua indo pelos caminhos que os outros traçaram... isso é mais medonho que qualquer cirurgia cruel.

 Ela e Shay fazem parte de um tipo especial de Especiais. Esse grupo é chamado de "Cortadores", porque recebem a missão de cortar o mal pela raiz: acabar com a Nova Fumaça, não apenas impedir os Perfeitos e Feios de se Unirem, mas de destruir de uma vez por todas essa rebelião.

 No começo do livro, os cortadores se infiltram em uma festa Feia, onde sabem que existem Enfumaçados, tentando 'recrutar' novos membros para a sua resistência aos pensamentos avoados dos Perfeitos lesionados.

 Mas descobrem que, de início, os enfumaçados não estão levando todos consigo. Estão entregando nanoestruras em forma de pílulas para que os Perfeitos lesionados recuperem a sua sanidade mental, junto com a sua personalidade original. 

 É claro, que desta vez, as nanoestruras não irão destruir os cérebros Perfeitos, como aconteceu com Zane, em "Perfeitos". Essa nova pílula foi criada para destruir apenas as lesões, 

impedindo danos sérios e permanentes.

 Esse ultimo livro, que gira entorno de Tally, nos trás uma verdadeira guerra, uma revolução, uma mudança permanente para o mundo distópico de "Feios". É um final surpreendente, interessante e até triste - cara, perto do final acontecem tantas coisas tristes que dá uma dor no peito só de pensar de novo... -, que nos deixa querendo mais, muito mais desse mundo distópico.

 "Feios" foi a melhor série distópica que eu li (desculpa Jogos Vorazes), é bem parecida com o conflito em "Jogos Vorazes".

 "Jogos Vorazes" fala sobre um país onde as pessoas são obrigadas a se sujeitar à jogos mortais, onde só uma pessoa sai viva.

 "Feios" fala sobre uma cidade... um país... um mundo, onde as pessoas são julgadas pela sua aparência e, ao completar 16 anos, ganham uma tão sonhada cirurgia que irá transformar em pessoas Perfeitas em aparência, mas, junto com a cirurgia, ganham uma lesão cerebral, que as torna avoadas, pensando só em festas e em coisas bobas. Elas também não tem escolha.

 Tanto "Feios" quanto "Jogos Vorazes" nos trazem a história de situações tiranas e ditatoriais, onde as pessoas são obrigadas a se sujeitar às ordens de um governo maior.

 Dou a nota 5 para o livro, que é de longe a melhor distopia que já li e que talvez vou ler.