No
meu segundo post para o blog, eu me inspirei na escritora Graciela Mayrink (“Até eu te encontrar” e “A Namorada do Meu Amigo”),
que escreveu na coluna para a Novas
Páginas (sua editora), dizendo como criava seus personagens.
E eu
resolvi me enfiar nesse tema, dar algumas dicas e fazer algumas Adriellices
sobre o assunto.
É só
sentar, ler e tomar nota (muitas, muitas notas).
Lembrando
que existe receita para escrever, para ser escritor! Mas também não dá pra ser
tudo no estilo “segura na mão de Deus e vai”....
1 — 100% inventado, ou não?
Escritor
nenhum escreve 100% de invenções! A gente sempre acaba colocando um nome
conhecido no meio, o jeito da melhor amiga, a aparência de uma pessoa que
sentou ao seu lado no ônibus, a mania de um primo da vizinha da sua tia.... Sempre
há um pouco de verdade no meio das nossas invenções!
2 — Uso cidades de verdade (como São
Paulo, Rio, Curitiba, etc...) nas minhas histórias, ou crio e invento tudinho?
Isso
é muito, muito relativo. Alguns escritores só conseguem criar com cidades
verdadeiras. Outros, não citam nome de cidade alguma (como a Carina Rissi e o
Pedro Marques, por exemplo). E também tem os escritores que criam uma cidade
por aí. Normalmente histórias que envolvem fantasia (dragões, bruxas e etc.)
apresentam cidades inventadas. No meu primeiro livro, eu criei a cidade da
minha personagem. Acabou que a cidade tem o clima igualzinho ao da minha
cidade! Já o meu terceiro, se passa todinho na minha cidade. Bem-vindo a essa
vida de escritor, amigo! Veja o seu gênero! E procure ver o que mais se
encaixa!
3 — “Meus personagens ficam sem pé nem
cabeça!”
Calma
que pra isso tem solução! Abra um novo documento no Word, e descreva seu
personagem inteirinho. Cor do cabelo, cor dos olhos, jeito de falar, estilo de
roupas que usa, um objeto muito importante, monte até uma playlist pra ele, de
como é seus gostos musicais. Escreva um diálogo seu, com ele. Como uma
entrevista. Crie o passado do personagem, antes dele aterrissar de paraquedas
na sua história.
Problema
so-lu-ci-o-na-do.
(E,
gente, quem me deu essa superdica foi uma produtora editorial!).
4 — “EU preciso escrever com música?”.
Isso
muda de escritor para escritor!
A
Larissa Siriani (“As Bruxas de Oxford”), por exemplo, disse que odeia música
enquanto escreve. Já o Marcel Colombo falou que rola, sim, música
Já
eu, curto uma música muito alta (tipo, para ficar com os ouvidos inutilizáveis),
canto a plenos pulmões e ainda rola de tudo na playslist. Uma mistureba! Funk,
RAP pesadão, Indie Rock... E por aí vai!
O.B.S.:.
Às vezes, pra um momento mais calminho, uma música mais calminha. Para um
momento baladeiro, um David Guetta. E, para aquele momento triste, uma música
bem deprê mesmo, ou superhipermega lenta, tipo, John Mayer.
5 — “Quero escrever a minha história na
cidade X, mas moro na cidade Y. Como faz?”.
Google.
Muito, mas muito Google na sua vida, amigo. Desce Google. Estupra o Google.
Casa com o Google. Deixa o seu Google aberto 29h por dia. Visite tanto o
Google, tanto, mas TANTO, que quando você for dormir, vai fechar os olhos e ver
o logo do Google, fixo na sua memória. E, quando sonhar, vai sonhar com o
Google.
Como
as dicas ficarem enormes de gigantes, eu fico por aí.
Mas
vocês vão escrever (e eu também!).
Olá, Adrielli!
ResponderExcluirAdorei as dicas. Eu fiz algo parecido lá no meu blog, mas uma coisa mais abrangente. Mas, são apenas dicas, já começo falando que não devem tomadas como "verdade absoluta". E é verdade, não tem receita para escrever, cada escritora faz do seu jeito.
Se eu for te contar como eu faço para escrever, vai até rir. (Acho que farei um vídeo sobre isso.)
Beijos!
Nem preciso dizer que amei o post, né, Adri?
ResponderExcluirEsses dias compartilhei uma imagem do The Universe of Fics que dizia: ficção é a verdade dentro da mentira. Não posso concordar mais! É claaaro que a gente SEMPRE vai se inspirar em algo real, não tem como!
Eu SÓ escrevo com música! É MUITO raro eu estar no silêncio!
Google é meu segundo mundo haha.
Love, Nina.
http://ninaeuma.blogspot.com/
Que ótimo Adrielli adorei.
ResponderExcluirhttp://victor-reads.blogspot.com.br/