Oi, gente!
Meu nome é Adrielli (Almeida), sou escritora e publiquei meu primeiro livro esse ano!
O Dani (dono do blog) estava precisando de uma forcinha e eu vim dar uma variada nos ares daqui!
Vocês vão descobrir que eu sou uma pessoa super atrapalhada, muito sincera e pouco realista.
E, para o meu post como parte do grupo do Cabana Literária (me senti gente agora!), eu resolvi falar sobre o DEPOIS de escrever seu livro.
Uma galera veio me perguntar sobre isso e pedir dicas sobre tudo
do mercado editorial — desde editoras à "tem que revisar?". Só que eu
não sou exatamente sinônimo de sabedoria nesse assunto. Meus dois anos como
escritora nacional estão sendo sofridos e ao melhor estilo "trancos e
barrancos", mas eu resolvi escrever sobre o que vem depois de terminar o livro (porque não é só escrever e pronto!).
Bora conferir?
1 —
Ler, revisar, ler, revisar (infinitamente)...
Isso resume bem vida de escritor. Porque escrever, acreditem, é
a parte megafácil. O processo pós-termino de livro é muito mais complicado —
leia umas quinhentas vezes o que escreveu e revise, revise, revise como se não
houvesse amanhã.
2 —
Seja paciente
Paciência é uma virtude! Não de todos, é claro, mas tente
encontrar um pouquinho aí dentro de você. A vida de escritor é toda baseada em
datas; dia do lançamento, prazo de avaliação de originais das editoras,
contagem regressiva de horas, minutos e segundos para o lançamento... A pressa
é inimiga da perfeição!
3 —
A Editora perfeita existe?
Existir, existe. Mas todo iniciante sofre pra caramba! Como
somos brasileiros, e no Brasil é tudo mais difícil, dobre esse sofrimento e
pronto! Você será um escritor nacional! Comece por editoras pequenas. Procure
por editoras pequenas. Faça seu nome. Para as grandes, você é apenas mais um nome.
4 —
Saiba o que você escreve.
Inúmeras editoras pedirão uma sinopse do seu livro, um currículo
breve da sua carreira literária e o gênero do seu livro. Saiba o que você
escreve. Contos, crônicas, poesia, Jovens Adultos, Chick-lit.... não importa o
seu gênero, desde que você saiba o que
escreve.
5 —
Terminei meu livro. #partiu mandar loucamente para TODAS as editoras existentes
no país.
Ninaninanão! De jeito nenhum! Primeiro, leio a dica 4. Agora,
procure editoras que se encaixem no seu gênero. Você não pode mandar um romance
sobrenatural para uma editora que tem seu foco em poesias. É tempo
desperdiçado! Procure se informar sobre as editoras, quais os seus sistemas
para publicação, se dão uma boa base para os autores iniciantes... Dê uma olhadinha
no catálogo deles e leia as sinopses dos livros já publicados.
6 —
Tenha leitores betas.
Não trinta, ou cinquenta. Quatro, no máximo. Para que você possa
ver como as ideias de seus leitores betas se divergem e tomam outros rumos. E,
também, é claro, para que eles apontem falhas no texto e te deem aquela força
na hora de continuar a escrever seus inúmeros outros projetos!
7 —
As editoras não me respondem!
Se o prazo de avaliação da editora venceu e ela não deu as caras,
não encana! Não foi dessa vez, parta pra frente! Afinal, a vida é feita de
quedas e ascensões. Carina Rissi, Thalita Rebouças, Babi Dewet sofreram demais para
chegar aonde estão hoje. Babi publicou independente, Carina também e Thalita
chegou a fazer polichinelo no meio da Bienal do Livro do Rio pra poder chamar a
atenção da galera. Mas sempre deixe a opção de “independente” para o fim.
8 —
Pago para publicar?
Aí vai dos seus princípios como escritor. Mas se você puder
pagar, a editora fizer um bom trabalho de marketing e distribuição (e de
diagramação, revisão e capa), invista. Confie no seu talento.
9 —
“Tenho vergonha de deixar as pessoas lerem o que eu escrevi!”
Amigo, se você tem vergonha de mostrar o que escreveu, desiste
dessa vida de escritor. Tammy Luciano falou uma vez que quando a gente publica
um livro se sente minúsculo (parafraseando). E só quando eu publiquei o meu entendi
isso. O medo de todo mundo me odiar espreita a todo instante — mas isso não
pode ser um obstáculo.
10
— Minha mãe leu meu livro e adorou....
Obrigação de mãe é gostar da gente e de tudo o que a gente faz.
Não desmerecendo as mães, galera (né, manhê?), mas, sabe como é opinião de mãe:
nunca conta!
11
— “Fulana falou que não dá dinheiro ser escritor, que eu tenho que desistir
dessa vida, etc., etc.”
Manda a Fulana cuidar da vida dela que quem paga as suas contas
é você (ou seus pais, mas, bem, isso não vem ao caso). Ser escritor só dá
dinheiro se seu livro virar best-seller: FATO. Tipo, Paula Pimenta. Mas, gente,
Paula tá ralando desde 2008; a literatura nacional não tinha essa força que tem
agora na época dela — ou seja: Paula, na verdade, abriu as portas para nós,
iniciantes e aspirantes. Desistir? Jamais! Desistir não existe em dicionário de
escritor. Tá riscada, extinta, expulsa, enxotada.
12 —“
Ufa, Adri. Fiz tudo o que você mandou. Revisei, tive paciência, arranjei uns
betas, pesquisei editora.... Mas, sabe, eu não escrevo tão bem assim e...”
NÃO SEJA TÃO DURO CONSIGO MESMO. Até que, metade desse
lenga-lenga é charme. A outra metade, é insegurança. Cabeça pra cima, sorriso
no rosto e confiança em si mesmo. Não existe receita pra ser escritor, nem para
publicar, nem para vender livros, muito menos para ser conhecido e famoso. Mas
existe receita para se amar. E gostar do que você faz e valorizar são algumas dessas
coisas.
Oi Adri. Eu adorei seu texto. Ri mt aqui. Vc tem um jeito mt divertido de falar (escrever), super aprovei!!!! Tbm tenho um blog e nele eu falo sobre essa loucura q eh o mundo do escritor. Pq ser escritor eh soh escrever? nananao. eh ser revisor, grafico, publicitario, palestrante, conselheiro, amigo, inimigo, leitor, advogado, musico, bailarino e td mais. kkkk
ResponderExcluirBeijooos
http://profissao-escritor.blogspot.com.br/
Oi Gih! Que bom que riu! (eu também ri com o seu comentário akdjasjda <3) Ainda bem que escrevo comédias, socorro. Vou dar uma passada no seu blog! E, realmente, ser escritor envolve até uns exercícios físicos, poxa.
ExcluirUm milhão de beijos,
Adri ♥
13 - Escrever e publicar um livro não é uma brincadeirinha de gente grande. É trabalho, empenho, dedicação, renúncias e muito amor pela escrita/leitura.
ResponderExcluirApós publicar meu livro encontrei pessoas que ofertaram o devido reconhecimento, mas muitas outras que apenas queria que eu visualizasse duas folhas para aprovar ou rejeitar como projeto de um possível livro.
Bom, o caminho é muito mais árduo e estreito.
Forte abraço,
Juliana Soledade - Autora do livro Despedidas de mim.
www.irreverenciabaiana.com
Ju, não deixo de concordar, mas, na minha opinião, não tem que ser "gente grande" pra escrever! O resto vem acarretado com o amor pela escrita/leitura!
ExcluirMil beijos,
Adri ♥
Adorei o texto :)
ResponderExcluirObrigada, Déh!
ExcluirMil beijos,
Adri ♥
Acho meio estranho comentar no meu próprio blog, masok...
ResponderExcluirSobre a quinta dica. É ridículo, depois, duas editoras escolherem o seu livro (se acontecer) e você ter que dizer "não" a uma... Cara, é ridículo mesmo, você procurou a editora, vai falar que não vai ficar com ela, agora?! Sempre pensei isso das pessoas que mandam loucamente para todas as editoras existentes...
Agradeço a minha visita... Sei lá... HSUAHSUAHUSH
aduashdusahdua, Dani, eu sou da opinião de "respondeu primeiro, levou" lakdlaskda
ExcluirUma postagem estimulante! Adorei.
ResponderExcluirBeijos Adrielli.
http://victor-reads.blogspot.com.br/
Obrigada, Victor.
ExcluirMil beijos,
Adri.
Olá Adrielli.
ResponderExcluirAdorei as dicas da postagem e vou até segui-las, estou tentando publicar o primeiro livro solo.
Adorei a parte da mãe. Eu tive que rir! Acho que foi por isso que eu nunca mostrei o que escrevo para ela, a primeira vez que ela foi ler algo meu foi esse ano, o meu conto em Amor nas Entrelinhas.
E parabéns pela publicação do seu livro. (Eu tenho você adicionada no facebook.)
Beijos!
Obrigada, Ane, amore!
ExcluirASJDKASJ
Adorei conversar com você no face!
Mil beijos,
Adri ♥♥♥